sábado, 28 de janeiro de 2023

Morre Vana Lopes, primeira vítima a denunciar médico Roger Abdelmassih

 

A estilista e ativista, Vana Lopes, 62 anos, tratava um câncer de mama em estágio avançado


A estilista Vanuzia Leite Lopes, conhecida como Vana Lopes, a primeira vítima a denunciar o ex-médico Roger Abdelmassih - condenado a 278 anos de prisão pelos crimes de estupro e atentado violento ao pudor contra pacientes - morreu na madrugada deste sábado (28), em São Paulo. Com 62 anos, Vana tratava um câncer de mama em estágio avançado.

Vana vivia em Portugal com o marido, o português Jorge Duarte, com quem estava há 8 anos. Mas regressou ao Brasil nos últimos dias.

Vana é mineira de Diamantina e deixou uma filha adotiva, Leda, 38, uma neta, 18, e uma bisneta, de 6 meses. A estilista foi diagnosticada com câncer de mama há alguns anos e descobriu que a doença se espalhou

DENÚNCIA

Ainda na década de 1980, sem conseguir engravidar, Vana procurou médicos renomados em fertilidade e inseminação para tentar fazer tratamento e realizar o sonho de ser mãe. Nesse percurso, em 1993, foi atendida por Roger Abdelmassih, conhecido como “Doutor Vida”. 

Em uma das tentativas de inseminação artificial, Vana acordou no meio do procedimento em que foi estuprada por Roger Abdelmassih dentro do consultório.

Em junho de 2009, Abdelmassih foi indiciado por estupro e atentado violento ao pudor contra 39 pacientes, e condenado a 278 anos de reclusão. Depois, a sentença foi reduzida a 173 anos. Ele ficou preso por quatro meses, mas saiu em dezembro de 2009 sob habeas corpus, para recorrer em liberdade.

VÍTIMAS UNIDAS

Em 2011, Vana criou a página "Vítimas Unidas" que coletava informações sobre vítimas de Abdelmassih e sobre o possível paradeiro do ex-médico, que havia saído do Brasil. Em agosto de 2014, Abdelmassih foi preso em Assunção, capital do Paraguai.

O "Vítimas Unidas" também é uma ONG que ajuda vítimas de diversas violências. Com a ajuda do ativismo de Vana, a Polícia Federal prendeu o ex-médico. Ele cumpre pena na Penitenciária II de Tremembé (SP).

Foto:vitimas unidas
Materia:vinculada ao DN

https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/ultima-hora/pais/morre-vana-lopes-primeira-vitima-a-denunciar-medico-roger-abdelmassih-1.3329176









quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Qual o papel do Governo do Ceará no processo de demarcação de terras indígenas no Estado

Secretária que assumirá gestão de políticas para os povos indígenas do Ceará, Juliana Alves aponta projetos para o Governo Elmano       





Apesar de ser um direito garantido na Constituição de 1988, os 15 povos indígenas do Ceará residentes em 19 municípios ainda aguardam a regularização de suas terras. Alguns grupos, como os Tremembés e os Tapebas, por exemplo, têm processos bem encaminhados. Outros, contudo, ainda estão em fase de identificação pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) ou sequer começaram essa etapa.

O Estado, que é um dos mais atrasados nesse quesito, pode ter a chance de reverter esse cenário e avançar na demarcação dos territórios originários. Com lideranças locais no alto escalão do Executivo Nacional e Estadual, indígenas do Ceará ganham espaço para estabelecer diálogo institucional

 com diversas frentes.

No inédito Ministério dos Povos Indígenas, a Secretaria de Gestão Ambiental e Territorial Indígena é gerenciada por Ceiça Pitaguary. Já no governo cearense, Juliana Alves – a Cacika Irê do povo Jenipapo-Kanindé – é quem está à frente da nova Secretaria dos Povos Indígenas. No Ministério da Saúde, Weibe Tapeba, que também é vereador licenciado de Caucaia, assume a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). 

Agora, a prioridade é atender a urgências dos povos originários a nível local e nacional e encaminhar os processos de demarcação de terras. “Foram quatro anos de desgoverno que não estava preocupado nem um pouco no que diz respeito a isso. Por mais que a Justiça obrigasse a Funai (a compor grupos de trabalho para realizar estudos sobre as terras e os povos), o presidente da Funai (Marcelo Xavier à época) fez pouco caso das situações”, aponta Juliana. 

Mas somente a regularização dos territórios não basta. Exemplo disso é o povo Yanomami, que mesmo com terras oficializadas há 30 anos, tenta se livrar, hoje, de uma grave crise sanitária e do garimpo ilegal. Weibe, inclusive, visitou a localidade (entre Roraima e Amazonas) no último fim de semana para sistematizar medidas de socorro. 

"A remoção dos mais de 20 mil garimpeiros precisa ocorrer urgentemente. Planos articulados para a recuperação dos rios e áreas desmatadas, plano de segurança alimentar e nutricional, plano de logística e infraestrutura, plano de segurança e proteção territorial, são medidas que estão sendo pensadas para solucionar essa crise humanitária", informou pelas redes sociais.

No âmbito do seu respectivo ministério, Ceiça também contribui com os dois gabinetes de crise instalados neste mês para tratar tanto da questão Yanomami quanto do assassinato de dois jovens indígenas Pataxós na Bahia. As crises mais recentes vividas pela população indígena devem ser foco da pasta nos próximos meses.

AÇÃO ESTADUAL

O governador Elmano de Freitas (PT) vai trabalhar, junto à Assembleia Legislativa, em uma Reforma Administrativa para formalizar a criação da Secretaria Estadual dos Povos Indígenas e dar encaminhamento às pautas necessárias.

Assim, pode coordenar, junto à chefe da pasta e ao Ministério dos Povos Indígenas, um modelo de colaboração para regularizar as terras originárias. “Existe a boa vontade do governador para que esses processos avancem, mas vão ser feitas tratativas junto ao Governo Federal, que é sensível às causas dos povos originários”, afirma Juliana Alves.

                               










terça-feira, 24 de janeiro de 2023

sindicato dos servidores lança campanha salarial 2023

nessa segunda feira 23/01 O sindicato dos servidores publicos lançou a proposta salarial para 2023  na ultima seçao forao infaticos e firmes ao dizer que se preciso fosse averia ate paralizaçao o ato contou    com  a  presença de servidores de varias ares


















Foto:eliene gomes

 Matetia:eliene gomes

domingo, 22 de janeiro de 2023

premio destaque 2022

 

Na última quarta-feira 19/01 tive a honra de receber das mãos do radialista e Jornalista Reginaldo Silveira o certificado de destaque 2022 aqui quero deixar registrado toda minha gratidão porque além de ter cido agraciada com o certificado também tive a oportunidade de entrevista várias personalidades da POLITICA,MUSICA,e do ramo EMPRESARIAL foi tudo maravilhoso,mais uma vez registrar toda minha gratidão a você Reginaldo Silveira,ao programa @politica em destaque @jornal informe ce

Materia:Eliene gomes

Foto: J.c

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Emancipação do Ceará foi decisão de uma mulher há 224 anos; relembre motivos


Até 1799, estado era uma capitania subordinada à de Pernambuco

“Segurança individual vacilante, comércio limitadíssimo, indústria insignificante, riqueza pública e individual escassa, sertões ínvios, nenhuma instrução civil e pouquíssima doutrina religiosa.” Assim era o Ceará há 224 anos. Foi quando, por f capital administrativa da capitania, antes de ela ser emancipada de Pernambuco.

COMO ERA O ‘SIARÁ’

O professor de História Mariano Júnior contextualiza que a Capitania do Ceará não teve grandes investimentos por parte dos capitães donatários e, por isso, inicialmente, não despertava interesse de Portugal. 


Sem metais preciosos, especiarias ou comércio lucrativo, o território foi ocupado por pobreza – mas quando França e Holanda tentaram colonizar o Ceará, ocupando espaços, a Coroa portuguesa se fez presente.


Aos poucos, algumas atividades econômicas aqui foram se desenvolvendo. E é exatamente a partir da riqueza do algodão que começa a disputa entre as elites do Ceará e de Pernambuco e a articulação para a emancipação.
MARIANO JÚNIOR
Professor de História

Em janeiro de 1799, então, D. Maria I torna o “Siará” emancipado. Oito meses depois, em setembro, Bernardo Manuel de Vasconcelos – que tem hoje nome de avenida em Fortaleza – chega ao território e se torna o primeiro governador do Estado.

A partir daí, ele “abriu estradas, fomentou a produção do arroz, da farinha de mandioca e a do salitre, reprimiu severamente os contrabandos, levantou um conjunto de baterias no Mucuripe, para melhor defesa da vila; e tratou de reedificar as vilas de índios”, como sublinha a obra de Raimundo Girão.
O comércio da Capitania do Ceará, porém, continuava ligado ao de Lisboa, principalmente por meio da estrutura portuária de Aracati – já que em 1799, Fortaleza já era capital, mas não tinha infraestrutura para fortalecer as comercializaçõe

Materia vinculada aõ:DN
Foto:arquivo iphan